A Sociedade Internacional de Continência define prolapso genital com o descenço da parede vaginal anterior e/ou posterior, assim como do ápice da vagina (útero ou cúpula vaginal após histerectomia). A melhoria das condições de saúde levou ao progressivo aumento da expectativa de vida e, com isso, ao aumento do número de pacientes com prolapso genital, desejosas de tratamento que melhore sua qualidade de vida. O prolapso genital é entidade complexa, com etiologia multifatorial e vários fatores predisponentes que incluem gravidez, partos vaginais, idade avançada, variação de estrutura esquelética, comprometimento neuromuscular, fatores congênitos, fatores genéticos, raciais e doenças do tecido conectivo. Pode ter como fator agravante as doenças pulmonares obstrutivas, o hipoestrogenismo, a obstipação crônica, a desnutrição, as atividades profissionais e esportivas, o tabagismo e as cirurgias pélvicas prévias.
O prolapso pode ser de uretra, bexiga, útero, reto ou cúpula vaginal. A fisioterapia atua nos dois graus iniciais do prolapso (grau I e II), evitando o progresso do mesmo e por consequência possível cirurgia. Ainda que o prolapso seja grau III, é recomendado que a paciente realize algumas sessões de fisioterapia antes mesmo da cirurgia, para que receba treinamento nos músculos do assoalho pélvico melhorando coordenação e força muscular promovendo dessa forma maior longevidade ao procedimento de correção cirúrgica.