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Disfunção Coloproctológica

Disfunção Coloproctológica

A fisioterapia é um recurso eficaz no tratamento dessas disfunções anoretais, evitando ou retardando o processo cirúrgico. O objetivo varia de acordo com a disfunção referida e com a avaliação do fisioterapeuta sobre a disfunção encontrada. Pode variar entre: Fortalecer ou relaxar  os músculos do assoalho pélvico, aumentando sua funcionalidade, por meio da melhora na coordenação ,força, resistência e sensibilidade anorretal. Dentre os recursos da fisioterapia pélvica utilizamos técnicas manuais, uso de balonet, biofeedback, eletroterapia, radiofrequência e até mesmo o laser vermelho (se houver fissuras).

Anismo

No momento da evacuação o músculo que deveria estar relaxado, se apresenta contraído, obstruindo a eliminação das fezes. Chamamos isso de contração paradoxal do músculo puboretal. O paciente acaba necessitando realizar uma força acima do normal para defecar, acarretando repercussões como a doença hemorroidária. Nesse caso, o indivíduo não tem a capacidade de controlar a musculatura ao ponto de relaxar completamente e finalizar a evacuação, ocorre o oposto existe um aumento da contração. Desta forma a fisioterapia atua no condicionamento muscular para que o paciente aprenda a ter controle desta musculatura sabendo contrair e relaxar no momento correto.

Constipação intestinal

Popularmente conhecida como prisão de ventre, caracteriza-se pela diminuição da frequência das evacuações (menos que 3x na semana), associado ao esforço evacuatório pois as fezes apresentam-se ressecadas, endurecidas e difíceis de serem eliminadas. Geralmente além de fezes muito endurecidas ou de pequenas bolinhas o paciente refere sentir a sensação de esvaziamento incompleto, ou seja, permanecer com uma parte das fezes ainda no reto. É comum que o paciente sinta a necessidade de utilizar facilitadores para evacuar, tais como supositórios, laxantes ou até mesmo manobras manuais que facilitam a evacuação. Em casos mais graves, pode ser necessário lavagem intestinal em hospitais. O baixo consumo de fibras, baixa ingesta hídrica, o sedentarismo, o stress/ansiedade, o hábito de ignorar a vontade de evacuar (postergar evacuação) e a ação de alguns medicamentos podem influenciar ou piorar o quadro clínico do constipado. Devido à fatores biológicos, hormonais e culturais, a constipação é mais frequente em mulheres do que em homens.

Verifique no quadro ao lado (Escala de Bristol) o aspecto das suas fezes

O tipo 1 da Escala de Bristol, ilustra o pior grau da constipação intestinal, se você tem dificuldade para evacuar e/ou sensação de evacuação incompleta, agende uma avaliação com nossa equipe de fisioterapeutas pélvicas especializadas.

Incontinência Fecal

A perda involuntária de gases ou  fezes, é um assunto delicado sobre o qual os portadores do distúrbio não costumam conversar, nem mesmo com os seus médicos. O problema pode variar de um vazamento ocasional de fezes até a perda total do controle sobre os movimentos de exoneração intestinais.

 

Causas da incontinência fecal

O canal anal é constituído por um esfíncter interno e outro externo e é enervado pelo nervo pudendo, fundamental para o funcionamento de toda a musculatura que controla o esfíncter anal. Qualquer alteração anatômica ocorrida nessa região pode levar à incontinência fecal. A incontinência fecal pode ser congênita ou adquirida. As causas adquiridas são ligadas a enfermidades, traumas, fístulas ou cirurgias na região anal ou no períneo. Algumas enfermidades sistêmicas, como acidentes vasculares cerebrais, diabetes mellitus, esclerose múltipla, etc., também podem causar incontinência fecal. Em pessoas idosas há uma redução no número de células da musculatura do períneo, gerando um fechamento insuficiente do canal anal, causando incontinência fecal. Acima dos 70 anos, ela se manifesta igualmente nos dois sexos, mas nas pessoas mais novas ela predomina nas mulheres, devido o trabalho de parto que pode provocar uma degeneração parcial do nervo pudendo. Além disso, também porque a prisão de  ventre, outra causa importante de incontinência fecal, é mais comum no sexo feminino.

 

Como ocorre a evolução da perda involuntária de fezes

As pessoas começam a notar que ao tossir, perdem gazes e progressivamente este sintoma vai piorando. O ânus vai ficando mais flácido (frouxo) e então fica difícil conter os episódios de diarreias (fezes líquidas). Por fim, quando o quadro se agrava, o paciente que iniciou perdendo gases e depois líquidos, começam também a perder fezes sólidas. Necessitando dessa forma utilizar protetores / absorventes. Possivelmente, esses pacientes evitam sair de casa, viajar e trabalhar, porque têm medo de não chegar a tempo ao banheiro.

Essa disfunção compromete profundamente a qualidade de vida e provoca um trauma psicológico muito grande, o que é uma pena, porque há maneiras cirúrgicas e não cirúrgicas de tratar a incontinência. As pessoas precisam saber que podem procurar auxílio para resolver esse problema recorrendo a um médico especialista e a um fisioterapeuta pélvico especialista.

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